Futebol sem camisa


                                            

    O brasileiro em geral ama o futebol. Seja no Maracanã, Morumbi ou Mineirão ou naquele campinho cheio de pedras, buracos de traves tortas feito de madeira, lá pelas bandas da Cabeça da Onça ou  Mata do Capado (onde botas de trabalho se transforma em material esportivo). O brasileiro demonstra sua paixão infinita pelo "estimado esporte". Pode faltar tudo: água, trabalho e até comida, mas um tênis velho, um kichute das antigas para jogar aquela "pelada" com os amigos no fim de semana não falta. Nestas "imitações" de futebol surgem amizades, desavenças, apelidos e eternas marcas pelo corpo.     Quem não tem uma história para contar? 
   Sobre aquele torcedor "mala" colocando apelidos nos jogadores ou aquela confusão em que bateram no pobre do juiz. 
   Pode até no mundo do futebol "girar rios de dinheiro", construírem estádios de primeiro mundo, salários astronômicos para jogadores, mas a felicidade de verdade mora naquele campinho com traves tortas, jogadores descalços e bolas esfarrapadas. Podemos até não termos  o Messi, mas temos aqueles “atletas” que faz com a canela explodir do fundo do peito a emoção de gritar: Golaço!
    A bola não rola macia, mas quica de felicidade sabendo da importância que tem diante daquele mundo quase sem diversão onde ela reina absoluta. O uniforme não é da Nike ou Penalty, contudo a pele que o representa soa com a gana e a vontade de vencer, de transformar aquele fim de tarde em um instante alegre, no qual por instante se esquece as mazelas que a vida lhes traz.

Autor: Udirlei Correia

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