A pombinha branca da meninada

      

    Adapta-se aos ambientes artificiais criados pela ação humana. Vive em áreas abertas; o desmatamento facilitou sua expansão, em especial nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos.
     Alimenta-se de grãos encontrados no chão. Havendo alimento, reproduz-se o ano inteiro. O casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas de perto. O macho possui um canto monótono, de dois chamados graves e rápidos, repetidos continuamente por vários segundos.
    Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos, feitos entre cipós ou galhos, bem fechados pelas ramadas do entorno. Postura de 2 ovos, chocados pelo macho e fêmea entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com no máximo 2 semanas de vida. O casal, às vezes dois dias depois, já inicia nova ninhada, quando as condições ambientais permitem.
    O filhote sai com traços da plumagem de cada sexo. O macho, com penas marrom avermelhadas , cor dominante no corpo do adulto, em contraste com a cabeça, cinza azulada. A fêmea é toda parda. Nos dois sexos, sobre a asa uma série de pontos negros nas penas.
Muito agressivas entre si, embora possam formar grupos, disputam alimentos e defendem territórios usando uma das asas para dar forte pancadas no oponente. Os machos são mais belicosos. Nas disputas ou quando tomam sol, deitadas de lado no chão e com a asa esticada para cima, mostram a grande área de penas negras sob a asa.
    Esta ave fazia a alegria da meninada. A molecada pegava o seu badoque ou estilingue, pegava um embornalzinho de pedras (pilotas) e saiam mata a dentro a sua caça. Alguns mais hábeis traziam algumas a tiracolo, outros, menos favorecidos de habilidade no manuseio das "armas" só restava a espera de um convite: "Vamos comer pombinha assada?".Então, o churrasco estava armado.

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