A ressurreição de Zé das Éguas
Lá pelas bandas de Ibiajara viveu há alguns anos um sujeito muito fanfarrão e astuto apelidado por todos de "Zé das Éguas". Zé tinha fama de comilão. Fazia suas refeições em uma bacia média que todos chamavam de "bacia de esmalte" e, muitos que por ali viviam já pressentiam o prejuízo quando ao aproximar " a hora do dicumê" seja almoço ou janta Zé das Éguas se aproximasse de sua casa. Zé das Éguas àquelas alturas não andava muito bem de saúde. Vivia se queixando aos que por seu caminho aparecia: _Cumpadre, num tô bem não. Meu istambo só anda arruinado.Num sei que laseira é essa não. Todos que ouviam aquela lamúria de Zé das Éguas achavam que era invencionices dele. Papo para levar vantagem em alguma coisa, pois isso já era corriqueiro por ali. Numa tarde, quase noite estava o povo ali reunido negociando seus leitões, suas mulas, suas novilhas quando um menino barrigudinho chega todo ofegante aos berros: __Seu Mané...