Como será nosso futuro?
Como será nosso futuro?
Saí até o quintal e o
barulho estranho era um robô cortando a grama sozinho. Notei que algo não
estava normal naquele lugar: carros voadores, objetos esquisitos por toda
parte. Parei em uma lanchonete e um garçom-robô foi quem me atendeu. Num súbito
olhar vi a TV ligada e comecei a assistir e no telejornal ali exibido algo dito
pelo apresentador me deixou estarrecido:”Bom-dia,são 10 horas da manhã,hoje é
sexta-feira,1º de abril de 2100...”
“2100”! Ah! Então é por isso, estou no futuro. Mas como?!
Tudo aquilo era muito
esquisito para mim, já não estava entendendo mais nada, então comecei a andar,
conhecer as pessoas e observar as coisas ao meu redor, tudo ainda muito anormal
para mim.
Depois de muitos sustos
e indagações voltei para casa e percebi que ali o meu lado habitava uma
família. Pensei: “Já vi várias coisas, agora quero ver como são as pessoas,
como agem”? Comecei a partir de então a observar aquela família.
Após alguns dias
observando aquelas pessoas mais assustado fiquei: ”Como eram estranhos seus
hábitos, seus costumes!”. Os alimentos eram vendidos em cápsulas, a água
consumia-se em barras a preço de ouro, até o ar era comprado, instalado nas
casas por empresas especializadas. As crianças se divertiam com jogos eletrônicos super
sofisticados, não existiam animais e as árvores eram metálicas cheias de fios e
engrenagens eletrônicas.
Continuei a observar aquela
família e presenciei em um dia um fato que me chamou a atenção e sensibilizou,
as crianças pediram ao pai para contar-lhes uma história para que pudessem
dormir o pai carinhoso e dedicado que era relato o seguinte:
Um dia, filhos, há
muitos anos, tudo isso aqui era magnífico, as árvores nasciam e cresciam
sozinhas e davam frutos deliciosos, havia várias espécies de seres vivos,
pássaros cantavam e encantavam a todos, água tinha por parte à vontade e a
disposição de todos, caía até do céu. Tudo isso se chamava NATUREZA filhos,
tudo já não mais existe, fruto da ganância do ser humano que destruiu sem
pensar nas gerações futuras.
Após ver que os filhos
tinham dormido com aquele incrível relato, o pai todo orgulhoso sussurra “Como
são inocentes e ingênuos acreditam em cada coisa”.
Tudo me deixou
boquiaberto, entrei para casa e fui dormir. Acordei com uns tabefes e gritos de
minha mãe: ”Fred, Fred, acorda garoto, vá cortar a grama. Levantei procurando
as sandálias voadoras, o robô, os vizinhos estranhos. Para meu alívio era só um
sonho. Passei a partir e então a valorizar cada gota d’água,a cada arvore,cada
ser vivo existente no planeta,para que meu sonho não vire pesadelo.
Autor: Udirlei
Correia
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