Uma seca no sertão
UMA SECA NO SERTÃO!!!
Nas terras ressecadas
Árvores viram gravetos
Mais parecem esqueletos
De arvores secas nas matas
As cachoeiras todas caladas
Está vazio o ribeirão
Animais lambendo o chão
Sem ter água e nem comida
Essa é a cena sofrida
De uma seca no sertão!
Um boi geme tristemente
Debaixo de um juazeiro
O sol escalda o terreiro
Chega parece que treme
Um vento que vem sem leme
Roda sem ter direção
Levantando aquele poeirão
Forma uma nuvem cinzenta
É assim que se apresenta
Uma seca no sertão!
Cabras, bodes e bezerros
De fome e sede berrando
Tão magros, cambaleando
Que doem no fundo da alma
O dono corta um pouco de palma
Pra que sirva de ração
É de cortar coração
Ver o rebanho morrendo
E o sertanejo sofrendo
Com a seca no sertão!
O sol quente feito brasa
O calorão não dá tréguas
O matuto anda três léguas
Pra trazer água pra casa
O gado magro se arrasa
Sofrendo a insolação
E o efeito do verão
Faz todo mundo sofrer
É assim o decorrer
De uma seca no sertão!
Do rio se ver o leito
Completamente sem água
Isso faz crescer a mágoa
Que o camponês tem no peito
Quando vê que não tem jeito
Vai pra outra região
Mas não se esquece do chão
Que foi nascido e criado
De hoje viver desterrado
Culpa a seca no sertão!
No campo não tem mais nada
Onde já foi farto o pasto
Hoje só se ver o rasto
Deixado pela boiada
Só a cigarra malvada
Zomba da situação
Cantando faz previsão
Que a estiagem persiste
Oh! Meu Deus como é tão triste
Uma seca no sertão!
O sertanejo tristonho
Se levanta de manhã
Ouve o canto da acauã
Tão langoroso e bisonho.
A noite ele teve um sonho
E nessa feliz visão
Viu relampejo, e o trovão
Fazendo grande alarido.
Acordou desiludido
Com a seca no sertão!
A cacimba e o barreiro
Vazios traz desencanto
De água só vê-se o pranto
Que cai do pobre roceiro
Correr no rosto trigueiro
Ao olhar pra vastidão
Pedir com fé e devoção
Oh! Deus ouça o meu lamento!
Porque assim não aguento
Mais a seca no sertão!
Criancinhas inocentes
Magras, famintas, sedentas
Seminuas molambentas
Desnutridas e doentes
Olhe Deus! Pra esses viventes
Deles tenha compaixão.
Os que governam a nação
De nós não se compadecem
Depois do voto se esquecem
Que há a seca no sertão!
Por isso ao Pai imploramos
Alertando em cada prece
Nossa gente não merece
Viver assim como estamos
Em suas mãos entregamos
Pedidos em oração
Pra que haja solução
Esperamos no Senhor
Pedindo: Deus, por favor,
Finde a seca no sertão!
Nas terras ressecadas
Árvores viram gravetos
Mais parecem esqueletos
De arvores secas nas matas
As cachoeiras todas caladas
Está vazio o ribeirão
Animais lambendo o chão
Sem ter água e nem comida
Essa é a cena sofrida
De uma seca no sertão!
Um boi geme tristemente
Debaixo de um juazeiro
O sol escalda o terreiro
Chega parece que treme
Um vento que vem sem leme
Roda sem ter direção
Levantando aquele poeirão
Forma uma nuvem cinzenta
É assim que se apresenta
Uma seca no sertão!
Cabras, bodes e bezerros
De fome e sede berrando
Tão magros, cambaleando
Que doem no fundo da alma
O dono corta um pouco de palma
Pra que sirva de ração
É de cortar coração
Ver o rebanho morrendo
E o sertanejo sofrendo
Com a seca no sertão!
O sol quente feito brasa
O calorão não dá tréguas
O matuto anda três léguas
Pra trazer água pra casa
O gado magro se arrasa
Sofrendo a insolação
E o efeito do verão
Faz todo mundo sofrer
É assim o decorrer
De uma seca no sertão!
Do rio se ver o leito
Completamente sem água
Isso faz crescer a mágoa
Que o camponês tem no peito
Quando vê que não tem jeito
Vai pra outra região
Mas não se esquece do chão
Que foi nascido e criado
De hoje viver desterrado
Culpa a seca no sertão!
No campo não tem mais nada
Onde já foi farto o pasto
Hoje só se ver o rasto
Deixado pela boiada
Só a cigarra malvada
Zomba da situação
Cantando faz previsão
Que a estiagem persiste
Oh! Meu Deus como é tão triste
Uma seca no sertão!
O sertanejo tristonho
Se levanta de manhã
Ouve o canto da acauã
Tão langoroso e bisonho.
A noite ele teve um sonho
E nessa feliz visão
Viu relampejo, e o trovão
Fazendo grande alarido.
Acordou desiludido
Com a seca no sertão!
A cacimba e o barreiro
Vazios traz desencanto
De água só vê-se o pranto
Que cai do pobre roceiro
Correr no rosto trigueiro
Ao olhar pra vastidão
Pedir com fé e devoção
Oh! Deus ouça o meu lamento!
Porque assim não aguento
Mais a seca no sertão!
Criancinhas inocentes
Magras, famintas, sedentas
Seminuas molambentas
Desnutridas e doentes
Olhe Deus! Pra esses viventes
Deles tenha compaixão.
Os que governam a nação
De nós não se compadecem
Depois do voto se esquecem
Que há a seca no sertão!
Por isso ao Pai imploramos
Alertando em cada prece
Nossa gente não merece
Viver assim como estamos
Em suas mãos entregamos
Pedidos em oração
Pra que haja solução
Esperamos no Senhor
Pedindo: Deus, por favor,
Finde a seca no sertão!
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